Sempre que nos damos conta da existência de algo a primeira reação é temer, tememos o desconhecido, aquilo que pode ou não nos ferir, essa regra geralmente se aplica a quase tudo, insegurança faz parte de nós. Por muito tempo deixei de acreditar em coisas realmente boas, já caminhei muito, e vive muitas coisas que alguns não seriam capazes de suportar, eu vi as coisas se desmanchando ao meu redor sem que eu pudesse fazer nada, aos poucos eu percebendo que a verdadeira força não esta naquilo que fazemos na hora e sim no potencial do que podemos fazer, sim sei que parece discordar com o que a maioria diz, mas foi assim que funcionou pra mim, foi no fato de acreditar no futuro e deixar de teme-lo que eu consegui me reerguer.
Sempre tive medo do futuro e creio que sempre terei, mas o que me diferencia dos outros é que sei procurar pelas oportunidades, tentar encontrar uma saída sempre foi assim pra mim, procurando uma maneira de resolver as coisas sem que ninguém mais saísse machucado, fui me fragmentando pelo caminho, mas sempre pensando que no futuro tudo ficaria bem. Realmente as coisas se tornaram mais fáceis de um certo ponto de vista, algumas lutas foram ganhas e antigos pesadelos foram esquecidos.
Em algum lugar no meio do caminho eu deixei o amor próprio de lado, não nego que ganhei muito em troca, mas aonde foi parar a minha felicidade?
Hoje eu resolvi juntar meus pedaços, resolvi que estou cansado, eu caminhei tanto sem parar ao menos uma vez pra descansar, me entreguei tanto a tudo e todos que esqueci o quão frágil eu havia me tornado, não consigo nem ao menos chorar mais, só consigo imaginar o que eu estou me tornando, não quero mais ser assim, quero viver como todos seguir meu próprio caminho.
Do Divino ao Insano
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Texto interceptado por organizações de pesquisas espacias russas no dia três de Janeiro de 2013
Já faz bem um tempo que não apareço por aqui, então deixe-me resumir um pouco de minha jornada até aqui e sobre as coisas que descobri sobre a humanidade, em vinte e três anos habitando este planeta já pude ver muita coisa, ver como a raça humana se comporta diante das mais diversas situações, hoje faz exatamente três dias desde que despertei para a consciência antes pensava que era apenas mais um deles, destinado a viver sem compreender quão grandioso é o universo para o qual fui enviado, aqui pude desfrutar das mais diversas emoções e sentimentos aos quais os humanos são submetidos, vivi confuso até o dia de meu despertar, quando passei a analisar mais profundamente como tudo se comporta e como tudo se relaciona, minha primeira conclusão e a mais obvia de todas foi a de que a raça humana esta fadada a destruição, por mais que os filósofos e pensadores desse mundo digam o contrario de que os humanos se adaptarão as adversidades, receio afirmar que não será bem assim, a humanidade interfere na unica coisa que os mantem vivos, o fluxo natural de seu planeta, alem de estarem esgotando a sua fonte de vida os humanos tem a arma mais perigosa dentro de si mesmos, a vontade, o poder de escolha, a humanidade é egoísta e acima de tudo dissimulada, um ser humano nunca vai viver sem de alguma maneira prejudicar outro, é uma reação em cadeia que os ruma para o fim.
De algum modo parece que quanto mais evoluem mais destrutivos os humanos se tornam, chegará um ponto em que o colapso será inevitável, não me refiro apenas ao caráter humano, mas também aos seus avanços tecnológicos, é com deixar um composto toxico nas mãos de uma criança, eles somente se preocupam em chegar mais próximo da verdade suprema sem se preocupar com o que isso custará a eles, se nem nos estamos próximos de explicar o inexplicável o que dirá eles que ainda não tem nem um terço do conhecimento que possuímos, eles temem coisas que existem em apenas suposições e relevam o concreto.
Tenho certeza de alguns que conheci em minha jornada não pertencem a humanidade, alguns são como eu e outros vieram de outro lugares, creio também que todos concordam comigo, a humanidade acabará em cerca de cinquenta anos, pelo que sei dos avanços tecnológicos desse planeta o colapso se dará primeiro por algum vírus, bactéria ou fungo modificado geneticamente por alguns pesquisadores sem escrúpulos, e logo apos o planeta presenciará um catástrofe nuclear devido a falta de manutenção nos equipamentos que matem seus reatores em segurança.
Termino aqui meu primeiro relato desde que despertei.
Tarton 3º, planeta Terra, dia 3 de Janeiro do ano 1 apos a mudança cósmica.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Capítulo I
E lá estava ele parado em frente as grandes portas de metal
do deposito abandonado, uma enorme estrutura de metal enferrujada
e já bem desgastada pelo tempo, os rumores que ele havia escutado e
as pesquisas que havia feito tudo indicavam que ali era o local em
que a besta que vinha aterrorizando a cidade se escondia.
A rua às
suas costas estava silenciosa e molhada devido a chuva recente, baixando sua
cabeça ele olhou o relógio de pulso, os ponteiro indicavam três e trinta e
três da manha, daqui algumas horas o sol surgiria e provavelmente o monstro
voltaria paras sombras ele precisaria realizar seu trabalho
muito rápido.
Atravessando
a rua ele se dirigiu as portas do galpão, ambas estavam fechadas com correntes
grossas e grandes cadeados, mas aquilo não seria problema para ele,
erguendo a mão esquerda e balbuciando algumas palavras ele fez com que as
correntes se desintegrassem.
Com um chute
fez com que as portas se escancarassem e o que encontrou la dentro o
surpreendeu, havia pedaços de corpos por todos os lados, braços, pernas, e o
que mais o aterrorizou corpos de bebes pendiam do teto de algo que parecia teia
de aranha, definitivamente aquele não seria um trabalho fácil uma criatura capaz de fazer isso deveria ser um
demônio ou algo bem pior.
Caminhando
pelo galpão as cenas que o homem via se tornavam cada vez mais terríveis,
e bem ao fundo ele pode distinguir a criatura, tinha forma de um gigante, porem
muito obeso, o rosto era horrendo seis olhos semicerrados o observavam, a bocarra
cheia de dentes e ensanguentada se abriu em um enorme sorriso quando o viu,
palavras desconexas e mais parecidas com um urru foram escutadas.
"Carrrrrrrrmessim"
O
homem sabia o que era aquilo, não se tratava de um demônio e sim de um deus
caído assim como ele, porem aquele não conseguira se adaptar as
novas condições impostas e optara pelo caminho do terror para se
manter vivo.
Ele
deveria acabar com aquele monstro para garantir a sobrevivência de
sua especie, sem pressa ele se aproximou sempre mantendo contato visual com a
criatura.
"Mammon
o que você se tornou." Disse o homem parando a uma distancia segura.
A
criatura soltou mais um urro fazendo com que seu hálito pútrido chegasse
ate as narinas do homem, este recuou dois passos e se preparou para a luta que estava
a caminho.
O
monstro dera um salto descomunal dirigindo todo seu corpo colossal para cima do
homem, este por sua vez desviou correndo para o meio do galpão, sempre tentando
manter seus olhos de rapina focados em seu adversário.
Ele
era Carmessim o Caído da Carnificina, dedicava
sua existência unicamente a destruir seus semelhantes que se
desencaminharam, em batalha seu foco era a vitória, e o vermelho do sangue
derramado, o mesmo vermelho que lhe dava nome alimentava seu poder.
Se
aproximando do adversário Carmessim invocou seu poder, o sangue espalhado
por todo o galpão respondeu a seu chamado se reunindo ao seu redor criando uma
aura vermelha como seus olhos, canalizando então aquela energia
gerada pela morte ele disparou uma onda de poder em direção a Mammon.
Um
dos braços do monstro sucumbiu ao poder de Carmessim, irado ele partiu para
cima em um ataque insano destruindo tudo ao seu redor e por fim cravando seus
dentes no tronco do homem.
Parecia inevitável a
morte de nosso lutador, o monstro o mastigava feito um pedaço de carne
qualquer, não satisfeito cuspiu o corpo inerte no chão começando
a pisoteá-lo, parecia não haver escapatória.
Porem
Carmessim se alimenta da luta, da destruição e da morte e aquilo só fazia seu
poder crescer, em batalha nada podia detê-lo. Mammon parou assim que
percebeu o que acontecia, uma força invisível suspendeu o corpo do
homem no ar e mais uma vez ele abriu os olhos, dessa vez mais vermelhos que
nunca.
Palavras
começaram a ser balbuciados por Carmessim, palavras antigas de uma língua a
muito esquecida, aos poucos sua aura começou a tomar forma e a queimar em forma
de chamas, chamas rubras, com um único movimento de sua cabeça as chamas
deixaram seu corpo indo em direção a seu inimigo.
Mammon caiu,
seu corpo fora incinerado, nem mesmo o pó restara de seu corpo, ajeitando suas
veste Carmessim saiu, atrás de si o fogo queimava tudo nada resistia a sua fúria.quinta-feira, 7 de junho de 2012
Me lembro como se fosse hoje quando tudo começou a mudar, a existência que a tanto eu levara comigo vinha se alterando cada dia mais e mais, eu perdia mais devotos a cada dia, como eu poderia sobreviver se meu poder vinha justamente daquilo, de cada joelho dobrado, cada promessa feita, de cada prece a mim dirigida.
Antes eu era apenas um deles, porem as circunstancias de minha morte me tornaram mais do que isso, eu pairava no limbo quando ouvi a primeira voz sussurrando em meu ouvido.
"Oh Carmessim guie nossos caminhos, proteja aqueles que partem de seus lares e que o sangue de nosso povo derramado não seja em vão, que tua mão guie a espada do guerreiro e que ela jamais erre seu alvo."
Algo novo percorreu a matéria da qual minha alma se constituía, tudo queimava me senti vivo, a voz aumentava e com ela minha conciencia também, era como uma ancora me trazendo de volta a realidade. Então eu estava lá logo acima da mulher que clamava, prostrada junto à lapide de meu tumulo.
Eu sabia o que ela queria e o que exatamente eu devia fazer, então segui deixando com que a energia que vinha de suas palavras alimentasse meu ser, cruzei milhas em o que me pareceu alguns instantes e la estava o campo de batalha, aquele era meu povo, era por aquilo que a mulher rogava, em pouco tempo mais vozes silenciosas se juntaram a primeira, me senti mais forte do que nunca e então parti para luta, guiando a mão de cada guerreiro, destruindo a vida do inimigo, me regojizando no sangue derramado.
Foi assim que eu cresci, foi assim que todos os antigos cresceram, o clamor do povo, a fé e a devoção, mas no fim o esquecimento nos aguardava, não eramos nada mais do que humanos que tiveram seus espíritos transformados em deidades pelo poder da crença, mas não duraríamos para sempre, a verdade sempre aparece no final, o verdadeiro poder aquele que a tudo criou supera nossa medíocre força.
Para aqueles que se renderam foi concedido o direito de voltar a Midgard, renascer e pagar pelo que foi feito, alguns como eu se lembram do que foram e do quão grande foram, porem nos resta vagar em mais uma existência humana e pagar por o que fizemos ate que chegue o dia do crepúsculo dos deuses, mas eu me lembro de quando me chamavam de Carmessim deus da carnificina.
Antes eu era apenas um deles, porem as circunstancias de minha morte me tornaram mais do que isso, eu pairava no limbo quando ouvi a primeira voz sussurrando em meu ouvido.
"Oh Carmessim guie nossos caminhos, proteja aqueles que partem de seus lares e que o sangue de nosso povo derramado não seja em vão, que tua mão guie a espada do guerreiro e que ela jamais erre seu alvo."
Algo novo percorreu a matéria da qual minha alma se constituía, tudo queimava me senti vivo, a voz aumentava e com ela minha conciencia também, era como uma ancora me trazendo de volta a realidade. Então eu estava lá logo acima da mulher que clamava, prostrada junto à lapide de meu tumulo.
Eu sabia o que ela queria e o que exatamente eu devia fazer, então segui deixando com que a energia que vinha de suas palavras alimentasse meu ser, cruzei milhas em o que me pareceu alguns instantes e la estava o campo de batalha, aquele era meu povo, era por aquilo que a mulher rogava, em pouco tempo mais vozes silenciosas se juntaram a primeira, me senti mais forte do que nunca e então parti para luta, guiando a mão de cada guerreiro, destruindo a vida do inimigo, me regojizando no sangue derramado.
Foi assim que eu cresci, foi assim que todos os antigos cresceram, o clamor do povo, a fé e a devoção, mas no fim o esquecimento nos aguardava, não eramos nada mais do que humanos que tiveram seus espíritos transformados em deidades pelo poder da crença, mas não duraríamos para sempre, a verdade sempre aparece no final, o verdadeiro poder aquele que a tudo criou supera nossa medíocre força.
Para aqueles que se renderam foi concedido o direito de voltar a Midgard, renascer e pagar pelo que foi feito, alguns como eu se lembram do que foram e do quão grande foram, porem nos resta vagar em mais uma existência humana e pagar por o que fizemos ate que chegue o dia do crepúsculo dos deuses, mas eu me lembro de quando me chamavam de Carmessim deus da carnificina.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Deitarei na lua vermelha e me perderei
Se eu
estivesse perdido você viria me procurar?
Se eu
estivesse morto você encontraria uma maneira de me trazer de volta a vida?
Eu estive
esperando pelo tempo certo, mas esse pareceu nunca chegar.
Quanto mais
tento enxergar mais as sombras tentam me cegar.
Nada nunca
foi aquilo que aparentava, sempre estamos presos em uma ilusão fantasma.
Perfeitos,
era assim que queríamos que fosse, mas nosso maior erro foi sermos humanos.
Talvez nada
tenha existido.
Talvez nunca
tenhamos nos encontrado.
Mas será mesmo
que eu tentaria te encontrar?
Será que eu
te traria de volta a vida?
Não, isso não
importa mais.
Perdemos
muito para poder continuar.
Em outros
mundos poderíamos ter sido um, mas não aqui.
Alguém me
espera do lado de lá.
Será como
estar em coma, tudo passando e eu apenas esperando.
Talvez só não
tenha sido a maneira certa.
Deitarei na
lua vermelha e me perderei.
Abismo
No começo de tudo
apenas olhares que vagavam a procura de uma razão para tanta excitação, a cada
vez mais estranho se tornava lento como o caminhar do tempo para quem sofre
nada deveria ter sido assim, a mudança pairava sobre nos, sombras de um futuro
turbulento que estaria por vir.
Cada passo me
aproximava mais do abismo, mas era tão irresistível, então eu cai, me deixei
levar pelo que via e sentia, parecia não ter fim, intenso e eterno, me afundava
cada vez mais, e eu já não me importava, só desejava cair mais, me perder em
meio a tudo.
Nada é sensato, e uma
mão me parou em meio minha queda, foi terrível, o som da maldição que caminhava
ate mim, eu não podia acreditar, eu me permitiria acreditar, então fui levado
de volta para cima acordando de meu sonho tão bom.
Todas as mascaras pareceram
cair e eu me proibi cair de novo no mesmo abismo, segui em frente procurando
uma nova queda, mais profunda e que me fizesse esquecer a anterior, parecia não
existir nada que me fizesse cair novamente, porem um dia cai mais uma vez,
muito fundo, parecia mais forte.
Não contava que em
mim ainda estavam as correntes que me prendiam ao antigo abismo, então ele se
mostrou mais profundo, destruía tudo em
que eu me encontrava, mas por quê?
Eu sempre soube a resposta, meu abismo me queria de volta,
era ali que eu devia cair agora mais uma vez eu me via a beira dele, só espero
um sinal, uma oportunidade e então me perderei de novo.
sexta-feira, 9 de março de 2012
Uma massa feita de tudo e nada
Liberto de mim mesmo me encontro pela primeira vez, Deus como é bom não me prender mais as amarras desse mundo onde me perdi e me encontrei ao mesmo tempo. Fui caindo devagar sem ao certo saber se eu mesmo um dia existi.
No começo sempre estamos presos as rodas de nosso destino, sem poder mudar, sem ter escolhas, mas com o peso do tempo sobre nossas costas podemos adquirir força e quem sabe até mesmo arrebentar essas correntes.
Asseamos o fim ,a possível liberdade, mas será, está na morte a pura libertação?
Somos apenas pó de estrelas, uma massa feita de tudo e nada. Vagando pela loucura de cada dia, urros, sussurros, interlaçados a loucura viva em nosso próprio ser.
Viva, seja, arrisque, procure por nada, seja cego em meio ao mundo brilhante e assim no fim quando tudo começar de novo você será livre.
No começo sempre estamos presos as rodas de nosso destino, sem poder mudar, sem ter escolhas, mas com o peso do tempo sobre nossas costas podemos adquirir força e quem sabe até mesmo arrebentar essas correntes.
Asseamos o fim ,a possível liberdade, mas será, está na morte a pura libertação?
Somos apenas pó de estrelas, uma massa feita de tudo e nada. Vagando pela loucura de cada dia, urros, sussurros, interlaçados a loucura viva em nosso próprio ser.
Viva, seja, arrisque, procure por nada, seja cego em meio ao mundo brilhante e assim no fim quando tudo começar de novo você será livre.
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